domingo, 16 de julho de 2006

A minha família unicelular...

Há dias comecei a ler um livro chamado “Maya, o recomeço da criação”, do Jostein Gaarder. Para quem não sabe é o autor do livro “O mundo de Sofia”, leitura obrigatória da disciplina de Filosofia, no ensino secundário, durante alguns anos.
Após alguns dias de leitura, não fiquei surpreendido com o impacto que a leitura teve em mim, visto não esperar nada mais do Jostein Gaarder, que o confronto com questões profundamente filosóficas, apesar de imersas num enredo que a torna muito mais facilmente assimiláveis. Este grande autor faz-nos pensar, faz-nos pensar muito...e é ao pensar que elaboramos teorias...questões...e por vezes chegamos a grandes conclusões. Foi ao ler o primeiro capítulo que me questionei acerca da diferença dos organismos unicelulares, nossos antepassados, e dos pluricelulares, entre os quais encontramos o homo sapiens sapiens.
No fundo, nos não somos mais do que um gigantesco aglomerado de células. É sabido que o todo é mais forte que a soma de todos os unos, e logo sendo nós constituidos por tantos organismos uniceculares (células), temos capacidades muito alem de qualquer organismo unicelular, como as emoções, o raciocínio, ou mesmo o pensamento filosófico.
A união de um número tão grande de células, que originam o corpo humano, exponenciam as potencialidades de cada célula isolada. E então o que leva a que essas células se unam e trabalhem de forma tão coordenada, em conjunto? A resposta é simples: O DNA.
O DNA, que está presente dentro de cada célula do nosso corpo faz com que cada célula isolada “pense” da mesma forma, e com que todas ajam em conjunto. Podemos recorrer à analogia de um utópico exército perfeito, em que todos os soldados das mais variadas patentes pensam exactamente da mesma forma, devido ao tal “DNA”, e agem em conjunto, em perfeita harmonia e sintonia. Esse exercito ultra poderoso poderia ser equiparado ao nosso corpo humano, e cada um dos seus soldados com funções diferentes às diferentes células do nosso corpo.
Resumindo, e abordando o tema duma forma um pouco simplista, a grande diferença entre um humano e um organismo unicelular será o ADN presente dentro de cada célula humana, que faz com que as células se agrupem e funcionem em sintonia, dando origem a um organismo muito complexo e de capacidades e potencial ilimitados.

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