terça-feira, 29 de maio de 2007

Combatiente

Desde crió me conducía en el soñar
Toda era imposición
Desde niño controlaban lo que iba a pensar
Mataban la ilusión
Lo que no mata me fortalece hoy
Ser combatiente
Me fortalece hoy por hoy
Por hoy…

Y nunca quise ser igual
Nunca me latió ser del rebaño
Pensar tan diferente hoy
Hoy me tiene vivo combatiente
Soy combatiente
Nadie me va a parar
Soy combatiente
Nada me va a parar
Soy combatiente
Sobreviviente yo..
Lo que no me mato
Me fortaleció

Somos en serie fabricados
Como unos clones programados
Siempre imponiendo que pensar
Que joder que amar que pensar que pisotear

Soy combatiente nadie
Me va a parar
Soy combatiente
Nada me va a parar
Soy combatiente
Sobreviviente yo
Lo que no me mató me fortaleció

Su misión es lo que nos mata
La imposición
,lo que nos va a matar
Mejor es respetar
Al prójimo amar
Y ser un combatiente
Soy combatiente
Nadie me va a parar
Soy combatiente nada me va a parar

Soy combatiente
Sobreviviente yo
Lo que no me mato me fortaleció

by Maná

Na minha opinião esta música é um hino à autenticidade e à liberdade. Desde o berço que somos condicionados. Desde que nascemos que somos ensinados a pensar como as outras ovelhas do rebanho. Este processo de condiciomento começa na infância e prolonga-se por toda a nossa vida, sendo muito poucos aqueles que se apercebem do mesmo, combatendo-o, e ainda menos aqueles que se conseguem libertar.
Somos autómatos condicionados a reagir de forma mecânica, pré-programada pela educação que recebemos e por toda a sociedade onde nos inserimos. A chave encontra-se no espírito crítico, na capacidade de questionar, e de tomar as nossas decisões, de forma autónoma, não automática.
Ter espírito crítico é diferente de criticar tudo e todos. Ser rebelde é diferente de ser revoltado. Não devemos procurar destabilizar o que nos rodeia, mas sim procurar uma estabilidade interior, independente do exterior, em que a reacção condicionada é substituída por uma acção consciente, escolhida por nós e não pelos outros. Quando nos insultam, e nos irritamos, por exemplo, estamos a ser de certa forma manipulados pela pessoa que nos insultou. Ser livre é ser capaz de decidir em toda e qualquer ocasião, o rumo a seguir, o que decidir.
Apercebermo-mos dos condicionamentos a que somos sujeitos exige um grande trabalho interior, mas a recompensa é de valor inestimável: segurarmos o leme e estabelecermos um rumo totalmente decidido por nós, com toda a confiança, com toda a liberdade.

A ideia não é ser "do contra", mas sim, através de uma observação atenta, conhecermo-nos, e seguirmos a vida que nos realizará, não uma definida pela sociedade onde vivemos. O espírito livre não conhece nenhum tipo de lei. O espírito livre é aquele que deixa desabrochar a flor dentro de si, é aquele que flui como o rio, com serenidade e independência.

No fundo, "Mejor es respetar, Al prójimo amar, Y ser un combatiente". O verdadeiro combatente da vida luta para ser livre, genuíno, mas luta de flor em punho. Luta para ser quem é, amando e respeitando os outros e as respectivas liberdades.

sábado, 26 de maio de 2007

Sonhar para vencer

Podemos dizer que temos dois tipos de sonhos, segundo uma perspectiva invulgar. Podemos sonhar a dormir, ou podemos sonhar acordados. Durante o sono subconsciente, não temos controlo sobre aquilo em que pensamos, e então o conteúdo pode tanto ser positivo como negativo, atingindo a nossa criatividade o seu expoente máximo, além do racional. Quando sonhamos acordados temos mais consciência, mais controlo sobre os nossos pensamentos, e então podemos escolher pensar no melhor possível. Claro que não digo que somos todos optimistas e felizes, digo apenas que todos têm os seus sonhos acordados. Pensamentos de situações perfeitas, em relação às mais possíveis vertentes da vida. Os chamados "sonhadores" são aqueles que dedicam uma parte considerável do seu tempo a sonhar acordados. São as pessoas criadoras de utopias, pessoas que anseiam por mundos perfeitos, e vêem o melhor em todos os seres humanos. São os forjadores de sonhos e muitas vezes realidades.

Os sonhadores são pessoas que empurram a humanidade em direcção ao seu auge, ao seu pleno desenvolvimento, desde tecnológico e científico a, mais que tudo, humano. São os arquitectos e os impulsionadores evolutivos, que avançam cada vez mais rápido na direcção da inatingível perfeição.

É incomesurável a força da presença do sonho na mente humana, é um elemento essencial da evolução humana perfeita.

Em busca da liberdade...

Olho o horizonte e sonho...
Sonho com um dia em que o meu espírito solte por completo todas as amarras de uma escravidão subtil que nos aprisiona. Escravidão que nos subjuga a um patamar presque humano, um patamar onde o nosso brilho especial e único se dissolve entre tantas outras estrelas, formando uma constelação de espelhos humanos, que se refletem uns aos outros, num mimetismo social tão indesejável. Refiro-me ao processo social que, repleto de condicionamentos, nos reprime, de supernovas a cintos fragmentados de asteroides, ocultado o tesouro fantástico que cada um de nós esconde dentro da sua alma.
Um espírito liberto, é um espírito que não vive na tirania da mente, cuja luz dissolve as trevas mentais. Um espírito assim vive num estado em que o medo não é conceito, em que nenhum mal subsiste. Todo o mal impulsionado na direcção de outro ser humano tem por base algum tipo de medo, em grande parte o medo do enfraquecimento do ego, e quando este medo desaparece toda e qualquer necessidade de ser incorrecto para com o nosso irmão humano desaparece, o eu é livre. Daí a relevância da meditação para a criação de seres mais humanos, dentro de quem reina a paz e o amor: a meditação põe um travão na mente até que esta se dissolva sob os reinos da alma, e quanto a mente e o respectivo ego desaparecem, não há medo, pois não há identidade para ser ameaçada, e o ser humano sente uma pureza tal, que cria uma harmonia à sua volta.
Quero ser um espírito que habita o reino do coração, onde imperam a paz e o amor. Um espírito que não sente nenhuma espécie de repressão, consciente ou inconsciente, emanando uma luz tão forte e no entanto tão ténue, ao ponto de não ofuscar a luz de nenhuma das outras estrelas. Quero ser um espírito que ama a tudo e a todos. Que ama as maravilhas e perfeições da natureza, que consegue ver o sagrado em tudo o que o rodeia. Que tenta viver ao máximo cada gráo de areia da ampulheta vital, sem nunca esquecer a majestosidade de cada irmão seu. Nunca o serei, a distância é infinita, mas julgo válido o esforço. Encontro-me no degrau 0 da escala da perfeição. Sou um humano como todos os outros, que têm milhares de defeitos, conhecidos ou desconhecidos, e comete muitos erros... afinal, errare humanum est. Apenas gosto de dedicar algum do meu tempo de introspecção a imaginar imagens bonitas e perfeitas, porque me dá grande prazer observá-las e, acima de tudo, sinto o grande prazer do insignificante mas muito gratificante crescimento pessoal, luz do perfeito crescimento humano.
A utopia é uma idealização, a criação de uma imagem de perfeição. E não será melhor para a realização dos nossos objectivos, termos farois mais brilhantes, mestres mais sábios? Acreditarmos numa utopia é sermos capazes de acreditar numa situação praticamente impossível de alcançar, dando mais de nós para a mesma alcançar, com mais motivação. Eu acredito que toda a gente tem todo um potencial de compreensão da beautitude presente em si e nos outros. Quantos mais acreditarem na utopia, mais darão o melhor de si, para que progressivamente nos possamos apelidar de espécie. Sonho com uma utopia que acredito promover um mundo humano, um mundo natural, um mundo perfeito.
E o rio que alimenta este oceano utópico é o espírito, não no seu estado aprisionado pela ditadura da mente, mas no seu estado de libertação total. Acredito que vivermos mais com o coração, sermos mais genuínos, e amarmos e compreendermos os outros, devia ser a única forma de vivermos. Admito que é apenas uma das muitas verdades, mas é a que julgo digna de ser escolhida - uma vulgar opinião.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Todos iguais, todos diferentes

Vivemos num mundo onde a pseudo-igualdade se desdobra numa fascinante diversidade. Apesar de considerar a diversidade cultural fonte de grande riqueza e crescimento pessoal, neste caso em específico refiro-me à diversidade individual. A mente humana é um universo complexo e riquíssimo, misterioso e muitas vezes incompreendido. Cada um de nós guarda dentro de si uma marca única e genuína, que pode apenas ser atingida através do auto-conhecimento, situando-se fora do alcance do conhecimento dos outros. Somos mais de 6 biliões, uma quantidade astronómica de seres únicos de potencial inaproveitado. Destes mais de 6 biliões uma grande parte, arrisco-me mesmo a dizer a maioria, oculta o brilho do tesouro que há em si - o tesouro da originalidade.

Apesar de a unicidade residir no âmago da nossa alma, vivemos numa sociedade onde a maior parte das pessoas pensa e se comporta da mesma forma. Mas o maior erro reside na discriminação das pessoas que decidem se libertar das grilhetas sociais, sendo espíritos livres que pensam por si, e agem de acordo com as suas crenças e ideologias. Tornam-se incompreendidas, sendo por vezes de certa forma isoladas, as pessoas que pensam de uma forma correspondente ao tipo de criaturas que são - original.

A causa para o tipo de pensamento e comportamentos homogéneos é, na minha opinião, relativamente simples: somos seres imitadores. O ser humano é um ser social, que desde o berço começa a aprender a se comportar numa relação constante com os outros. Esta aprendizagem é conseguida através da imitação do comportamento dos outros, e tem provavelmente por base o funcionamento dos neurónios-espelho, que tem vindo a ser investigado na ciência actual.

O ponto seguinte é discutível e muito subjectivo. Na minha opinião pessoal, a partir do momento que desenvolvemos um espírito crítico e autónomo (o que nem sempre acontece) devemos, paralelamente ao processo de auto-conhecimento (que considero fundamental para uma vida realizada), partir numa viagem de libertação em que começamos por definir as nossas crenças e ideologias individuais, a nossa perspectiva de nós próprios, da vida e dos outros, colocando a "estratégia" no plano prático, e passando a pensar por nós, e agir de acordo com a nossa ética pessoal, independente de todos os dogmas sociais. Na minha opinião, a única limitação do nosso pensamento é a ética, e a única fronteira das nossas acções é o respeito, a tolerância, e a compreensão humana.
Quando atingimos este patamar, passamos a seres autónomos, espíritos críticos, que agem como pensam, de forma livre. Tornamo-nos inevitavelmente diferentes dos outros, o que poderá desencadear incompreensão, dependendo do nível de diferença, ou seja auto-conhecimento, que atingimos.

O ponto seguinte não considero tão subjectivo, devido ao facto de assentar em princípios, alguns já referidos, que considero universais: a igualdade, a tolerância e a compreensão. Um grande amigo meu uma vez disse, e muito bem, que "é triste uma pessoa ser discriminada por aquilo que é". Um frase simples, que guarda uma verdade muito profunda: cada um tem o direito a ser como é, e isto é mais que um clichê. Cada um de nós é um ser único, e tem o direito a exteriorizar essa sua originalidade sem ser discriminado. Na minha humilde opinião, cada um tem o direito a ser tratado de forma igual, e a ser compreendido como o ser único que é, por mais diferente ou excêntrico que seja, por mais que as suas ideologias e comportamentos sejam diferentes dos nossos.

No fim de contas, impera a liberdade de sermos como quisermos. A liberdade de escolhermos entre o conformismo e adesão ao rebanho, e a originalidade e uma certa rebeldia. Mas a verdadeira liberdade, essa só atingem aqueles cujos espíritos quebraram todos os limites impostos pela incompreensão dos outros. Essa gloriosa liberdade só é obtida quando a vontade de sermos nós próprios é mais forte que aquela de nos adaptarmos, de forma a tornar o nosso caminho mais fácil.

Mas mais importante que essa escolha, é a escolha do respeito pelas escolhas dos outros.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Educação, a centelha de toda uma espécie

A sociedade onde vivemos e a respectiva economia encontram-se em constante evolução, e cabe à educação adaptar os indivíduos, de forma a que tenham sucesso, transmitindo-lhes o tipo de conhecimento e competências que são valorizados. Vivemos numa sociedade do conhecimento, com uma economia cada vez mais assente no mesmo. A conceptualização do trabalho sobe cada vez mais na hierarquia, desmaterializando-o. Valoriza-se o conhecimento, as competências evolutivas, o dinamismo e a criatividade. Sendo assim, há que reformar a relação indivíduo-ensino, de forma a dotar o indivíduo do tipo de conhecimentos e competências que lhe permitam singrar na vida profissional e social. Desta forma, não só o indivíduo adquire mais capacidade de sucesso a nível pessoal e profissional, e de participação social activa, como a sociedade e a economia beneficiam dessa educação através do ganho de uma mão-de-obra de maior qualidade, e de cidadãos mais conscientes e participativos.

A rápida mutação socio-económica e a respectiva valorização das competências evolutivas, leva à necessidade de uma constante actualização de conhecimentos e competências, de forma a manter a adaptação do indivíduo à sociedade e ao mundo do trabalho. É aqui que entra o conceito de aprendizagem ao longo de toda a vida. Este tipo de postura perante a educação permite manter o indivíduo capaz, quer a nível social (cidadania) quer a nível económico (profissional), durante um período muito mais logo.

A reforma da relação indivíduo-ensino exige mudanças de ambas as partes. Antes de mais, é fundamental o “saber aprender” por parte do indivíduo, e o gosto pela aprendizagem, que irá originar uma valorização da aprendizagem e uma vontade de aprender a prolongar essa aprendizagem ao longo de toda a vida, continuando a aprender e aperfeiçoar-se mesmo depois de atingir o patamar da estabilidade profissional. Esta postura em relação à educação depende da experiência vivida, da qualidade do ensino. Por isto mesmo o alicerce fundamental para a criação de uma vontade de prolongar a aprendizagem é uma educação básica de elevada qualidade. A qualidade da experiência da criança durante a educação básica, e porteriormente durante o resto da experiência escolar, determinam o gosto pela aprendizagem, e a vontade de continuar a aprender.

Paralelamente à criação no indivíduo da vontade de aprender e prolongar a aprendizagem ao longo de toda a vida, é necessário reformar a outra dimensão do sistema indivíduo-ensino: o próprio sistema educativo. Cada ser humano detém um conjunto de aptidões especiais que o diferenciam dos restantes seres humanos, assim como expectativas e necessidades muitas vezes diferentes. E de forma a exponenciar a potencialidade de cada aluno, deverão diversificar-se ao máximo as oportunidades oferecidas, assim como os percursos possíveis, dentro do sistema educativo, e entre a educação/formação e a vida profissional. O que se espera é um leque mais vasto de opções, que permitam a cada um seguir o percurso que melhor se adapta a si, e uma fluidez maior entre os diferentes tipos e níveis de ensino, e entre o ensino e o mundo laboral, como a possibilidade de alternância entre difentes áreas de ensino, entre educação e vida profissional, de retorno ao ensino ou interrupção laboral para fins de formação. Esta simbiose parte não só da reestruturação do sistema educativo, mas depende também de uma participação empresarial, de forma a facilitar as trocas com o ensino, quer seja ao nível da educação ou da formação.

Outro aspecto importante a ter em conta, além da estrutura dos sistemas educativos e da sua relação com o mundo do trabalho, são os seus conteúdos. As matérias ensinadas deverão transmitir conhecimentos e competências pertinentes e acessíveis. Deverá também procurar-se uma contextualização das matérias ensinadas, de forma a se evitar a actual tendência de compartimentação e hiper-especialização dos saberes. Um saber, para ser verdadeiramente compreendido, deve ser colocado num contexto, e ser abordado como um todo e, sendo assim, a especialização cega é inimiga do verdadeiro conhecimento.

O entrelaçar dos conhecimentos de diferentes áreas proporciona um maior crescimento Humano. O indivíduo, mais consciente e sábio, está também preparado para um participação activa e mais produtiva em todos os sentidos, uma participação na construção da sociedade e da economia, e na respectiva evolução.

A relação entre o ensino e o aprendiz é o alicerce do futuro, em que se transmitem os saberes de milénios, e se constroem indivíduos autónomos que iram criar as sociedades de amanhã. É fundamental optimizar essa relação, de forma a obter os melhores resultados, os melhores seres humanos, os seres mais humanos, que participarão num futuro brilhante, não só a nível social, mas ao nível da espécie. E a educação ao longo de toda a vida é essencial para essa optimização, pois maximiza a realização pessoal e social, e estabelece novos patamares, mais altos, para educação e o mundo que estão parar vir.

Está... Já não está...

Estava eu a comer uma fatia de pizza, quando me apercebi que estava a guardar os deliciosos pedacinhos de ananás para o fim... Pensando bem, sempre que como deixo o melhor para o final... É tão bom deixar o melhor para o final, não é? Mas... deixando o melhor para o final, não pode a comida arrefecer? Bem, de qualquer maneira, há certas situações onde não convem mesmo nada deixar o melhor para o fim. Não convém deixar o melhor futebol para o final dos 90 minutos, pois podemos não ter tempo de ganhar o jogo... não é um bom exemplo? Mas talvez haja um exemplo melhor: deixando o melhor para o fim das nossas vidas, não nos arriscamos a chegar ao fim dos nossos dias, tenho deixado o melhor da vida para trás? Passamos as nossas vidas num constante “deixa para amanhã”, em que adiamos a nossa felicidade à custa de esperanças e sonhos. Passamos as nossas vidas a deixar as maiores delícias da vida, à custa de um amanhã que poderá nunca chegar. Não será isso um grande risco, o risco de olharmos para trás no fim do nosso caminho, e nos apercebermos que tanto adiamos, tanto adiamos, que adiamos a nossa vida para um futuro que nunca existirá?

Estamos vivos é HOJE, estamos vivos no agora. O nosso potencial de desfrute máximo assenta na capacidade de viver o aqui e agora, e não em memórias distantes ou sonhos etéreos. Viver o presente é a única forma de viver. Viver cada segundo que passa é a única forma de compreender a profundidade de um beijo, a paixão de um abraço, o brilho de cada gota que cai do céu e a frescura de cada brisa que paira no ar.

Então mas porque é que tantos homens e mulheres passam os seus dias a adiar a sua vida? Será pelo próprio medo de no futuro não ter como desfrutar do ar que respiram? É provável, mas é também um pouco arriscado, digo eu. Não sabemos até quando viveremos, consequentemente acho bem mais prudente pensar um pouco mais a curto prazo, antes que a validade expire.

Carpe Diem, incrível como duas palavras podem dizer tanto. Colha o dia... Colha a fruta da vida antes que seja tarde demais e apodreça.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Nuvens perdidas

As nossas vidas são nuvens frágeis, subtis, efémeras, que vagueiam no céu da eternidade. A sua verdadeira beleza reside na capacidade de saborear a brisa que nos move e nos refresca, o calor do sol que nos aquece, e o doce das chuvas que nos dão vida.
Muitas nuvens vivem perdidas em caminhos sinuosos e tortuosos, cegas pelos ventos do preconceito e da superficialidade. São poucas aquelas que acordam para a realidade e percebem que o céu pertence de igual forma a todas as nuvens, que o astro-rei não tem dono, e que por detrás de cada nuvem há uma imensidão de tesouros, uma complexa rede de gotículas de vida resplandescente para ser absorvida, saboreada...
A vida é uma viagem maravilhosa e misteriosa, por vales e montanhas repletos das mais pequenas e simples preciosidades. Mas a ambição desmedida e a ignorância desviam a nossa atenção para longe do que merece ser vivido. Vagueamos nas sombras do passado, deambulamos na ficção futura, agarramo-nos ao que nos cega, e procuramos o que nada nos trás, de nada nos vale... E escapa-nos a compreensão essencial daquilo de que a vida é feita e de quando a vida é feita:
A vida é Amor, a vida é agora