segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Uma verdade inconveniente

Assim se chama o documentário que esteve em exibição nos nossos cinemas, há não muito tempo. É do Al Gore, um activista ecológico, mas mais conhecido como o político que foi vice-presidente da administração do Bill Clinton, e que perdeu as eleições para George Bush, em 2000, numas eleições marcadas pela polémica contagem dos votos.
Neste documentário Al Gore põe-nos frente a frente com factos muito graves, assustadores, até mesmo comoventes. O objectivo de Al Gore é sensibilizar a população americana (e do mundo) para a situação gravíssima em que se encontra o nosso planeta, e para as consequências que teremos de enfrentar, dentro de não muitos anos, se continuarmos com os mesmo hábitos.
Para ser sincero, tinha uma ideia de que nos últimos a situação do nosso planeta tinha vindo a piorar, e cada vez mais. Mas nunca pensei que o estado a que chegamos fosse tão assombroso. Fiquei assustado ao ser confrontado com a situação actual do planeta Terra, e ainda mais com as consequências prováveis, nos próximos 10 ou 15 anos.
O filme tem por base uma palestra que o Al Gore tem vindo a dar ao longo de um sem número de cidades Americanas. Confronta as pessoas com dados alarmantes, derivados da crescente emissão de CO2 para a atmosfera, como o aumento da temperatura, uma grande alteração climática, a subida do nível das aguas, a extinção de algumas espécies animais e vegetais, e a possibilidade de uma idade do gelo na Europa nas próximas décadas. Além da palestra, podemos ver filmagens de vários pontos do mundo onde são mais notórios os efeitos do aquecimento global, e comparações do cenário actual com o de há alguns (não muitos) anos, para termos uma noção da gravidade das coisas.
Al Gore tenta consciencializar os americanos para o facto de que são os maiores emissores de CO2 no mundo, com mais de 30% do total mundial, e para a necessidade de se comprometerem para com o tratado de Kyoto.
O documentário faz-nos (re)pensar como é possível um presidente como o Bush estar no poder e não tomar em atenção estes factos, dedicando a maior parte do seu tempo e esforço na defesa do "patriotismo e orgulho americanos", diga-se interesse político e económico nos países que representam "ameaças" para os EUA.
Aconselho vivamente toda a gente a ver este documentário, de forma a nos consciencializarmos de que estamos a destruir o equilíbrio da Natureza, e do nosso bonito planeta. Dentro de poucos anos será tarde demais...não será uma causa pela qual vale a pena darmos o nosso melhor - a sobrevivência do nosso planeta e da espécie?

O mundo em que vivemos

Há dias comprei um livro que se chama "Psicologia Divertida" (a editora é Lua Nova - convem não desrespeitar os direitos de autor hehe), onde li um texto que achei genial, que descreve muitissimo bem como as coisas funcionam aqui por terras do homo sapiens sapiens. O texto é o seguinte:
"Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia a subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de algumas sovas, o novo integrante do grupo não mais subiu a escada.
Um segundo foi subtituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da sova do novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

E o texto finaliza com esta conclusão, de Albert Einstein:
"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito"

Na minha opinião este texto é genial, e ilustra perfeitamente a forma como nós seguimos o que eu costumo chamar de dogmas da sociedade, sem sequer questionar e tentar saber porque as coisas são como são.
Há uma coisa chamada evolução, que consiste em aprender com os erros passados, ou os erros dos antepassados, mas isso não significa deixar de pensar por nós e agir de acordo com os nossos próprios princípios e crenças, em vez das dos outros.

Agora fica a pergunta:
Até quando vamos ficar com medo de subir a escada?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Zen

Foi concerteza o momento mais belo de toda a minha viagem, à medida que passeava por entre o verde daquelas montanhas Suiças, com o dia ainda a começar a nascer. Ao som daquela música que nunca me hei-de esquecer, cujas notas pareciam vindas dos céus, e me tocavam profundamente na alma.
Não sei se as lágrimas seriam do frio, ou de tamanha beleza junta... Tal qual cena tirada de um filme, com o frio a congelar as mãos, senti a verdadeira paz...
Les Sagnettes (Suiça), 12/11/2006

Optimismo = Crescimento Interior

Não existem erros na vida, apenas lições. Não existem experiências negativas, apenas oportunidades para crescer, aprender e avançar ao longo da estrada do auto-domínio.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

A fórmula da felicidade

A felicidade é tão fácil de atingir. A forma é a seguinte: temos de descobrir a coisa que mais nos apaixona na vida, a coisa que mais prazer nos da... depois dedicamo-nos a corpo e alma a essa coisa. Quando descobrimos essa paixão, descobrimos o nosso "dharma" (seja uma arte, seja ajudar os outros, etc), e com um objectivo que é o maior possível, a realização que tiramos ao aproximarmo-nos desse objectivo é a maior possível, e logo a felicidade a maior, e constante.
Mas para isto temos que nos conhecer a nós próprios muito bem, temos que, através da introspecção, descobrir o que realmente gostamos de fazer. E depois disso temos de ter a coragem (às vezes muita) para abandonar os convencionalismos e escapar às raízes, para nos dedicarmos ao que verdadeiramente nos apaixona. Quando isso acontece, mesmo que não tenhamos uma grande conta bancária, um grande carro ou casa, ou todas as outras comodidades... sentimo-nos bem e felizes porque não trabalhamos, divertimo-nos, e acordamos todos os dias cheios de motivação e entusiasmo porque vamos fazer o que gostamos. Não podemos ser mais felizes!
As pessoas desculpam-se e dizem que não conseguem, mas das duas uma... ou ainda não perderam o tempo a descobrir o que realmente gostavam de fazer, ou já descobriram e não têm coragem de seguir essa paixão. A maior parte das pessoas mais bem sucedidas no mundo, muitas delas famosíssimas, são assim porque fazem o que as apaixona. E claro que quando é assim, didicam-se profundamente ao que fazem e tornam-se optimos nisso, atingindo facilmente o sucesso.
Pensem em jogadores de futebol e outros desportistas, artistas, prémios Nobel, actores, etc. Grande parte deles sente-se realizada, mesmo aqueles que não se tornam mundialmente famosos. Porque isso para eles não é o mais importante, mas sim fazer o que verdadeiramente gostam.
Por isso...acreditem no vosso potencial ilimitado! Descubram a vossa paixão e sigam-na! O sucesso vem ter convosco e não ao contrário! Só temos uma vida e tão curta, para depois desaparecermos para a eternidade...acho que é um objectivo que justifica o empregar de todas as nossas forças - ser Feliz!

A felicidade e a realização pessoal

A felicidade advém da realização pessoal. Esta realização pessoal é, geralmente, o ganho de qualquer coisa. Esse ganho pode ser ao nível físico (anatómico - saúde e forma física; material; etc) ou psicológico (mental, emocional, espiritual, etc).
Esse ganho que é a realização, implica de uma ou outra forma a aproximação de um objectivo e assim, quanto mais significativo for o objectivo para nós (como descobrir o dharma por exemplo, ou chamem-lhe missão na vida, paixão, vivência perfeitamente harmoniosa, etc), maior a felicidade sentida graças à realização. E porque é que eu dei aqueles exemplos e não exemplos mais terrenos e materiais? Pelo seguinte:
Assim como as feridas psicológicas são, regral geral, mais difíceis de sarar do que as físicas - e toda a gente sabe disso, tudo o que é psicológico tende a ser mais duradouro que o físico.
A realização pessoal psicológica é a aproximação de um objectivo "psicológico", o que implica um sentimento de felicidade, e à partida mais duradouro que os ganhos físicos. Desta forma a realização pessoal ao nível psicológico é o tipo de realização que nos dá mais prazer, devido em grande parte a ser um prazer mais duradouro. Mas para atingir este tipo de realização, é necessário consciencializarmo-nos de que temos de reorganizar as nossas prioridades, e definir objectivos "imateriais". Na minha opinião, os bens materiais são também importantes, e tornam a nossa estadia nesta vida mais agradável, mas sozinhos não valem nada, e deixam-nos vazios por dentro. Há que aliá-los a uma auto-análise, auto-conhecimento, e crescimento interior.
Esta filosofia é tudo mesmos esotérica. Podem chamar-lhe espiritual, mas o conceito é subjectivo. para mim espiritualidade é uma forma especial de psicologia, pois é transmitida de uma forma menos científica, de uma forma mais "enbelezada". E na minha opinião é facílimo de perceber o porque de a realização pessoal "imaterial" ser muito mais importante na vida do que o ganho de quaisquer bens materiais: porque por mais riqueza que tenhamos, nada nos faz sentir melhor connosco próprios, do que sentir que nos conhecemos, e sentir que crescemos como pessoas, que nos melhoramos a cada dia que passa. Faz-nos sentir mais fortes e confiantes, e acima de tudo, Felizes.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

O pote de ouro no fim do arco-íris

Uma das minhas citações favoritas diz que "A felicidade é um caminho, não uma meta", e tento basear a minha vida e todos os meus actos nessa citação. A maior parte das pessoas "vive", como eu costumo dizer, em busca do pote de ouro no fim do arco-íris. Passam todo o seu tempo adiando a vida, à espera de momentos futuros. Passam o presente a pensar no que vão fazer, onde querem chegar, em tudo o que querem atingir na vida.
Passamos a vida a adiar o presente para preparar um futuro. Futuro que quando se torna presente volta a ser adiado. E o ciclo repete-se, até à altura em que nos apercebemos que a nossa vida passou, e passou tão depressa, que nem tivemos tempo de apreciar todas as coisas belas que ela nos dá. Quando chegamos ao fim do arco-íris e descobrimos que o pote de ouro não tem mais que uns míseros grãos de areia, pensamos que daríamos tudo para voltar atrás e viver de outra forma.
O segredo é consciencializarmo-nos JA de que a hora de viver é agora, de que não podemos perder tempo a vaguear no deserto do passado, nem em busca do oasis do futuro. Temos que viver cada segundo que passa, vivendo assim plenamente, e essa é a origem da verdadeira felicidade.
As pessoas passam o tempo a adiar a vida, dizendo que viverão plenamente no futuro: "quando acabar a faculdade...", "quando arranjar um trabalho", "quando acabar de pagar o empréstimo", "quando me reformar"... Mas o tempo que passam a adiar podia ser melhor aproveitado gozando a vida com entusiasmo e felicidade.
Não acho razoável passar dois terços da vida a matar-se a trabalhar a guardar dinheiro para ter uma boa reforma, a trabalhar para pagar uma boa casa e um bom carro... trabalhar, trabalhar, trabalhar... E enquanto não fazemos mais nada a vida passa-nos ao lado.
Na minha opinião temos de descobrir o que verdadeiramente nos apaixona, o que nos dá verdadeiro gozo fazer. Segundo a tradição Hindu, temos de descobrir o nosso Dharma. Depois disso, dedicamo-nos a essa paixão, e viveremos com entusiasmo e felicidade. Acordamos todos os dias com uma reserva inesgotável de energia e entusiasmo, e isso é que é viver plenamente.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

A natureza do homem é boa?

Na minha opinião, se colocarmos uma arma nas mãos de qualquer pessoa, de qualquer idade ou etnia, que nunca tenha tido nenhuma influência negativa desde o momento em que nasceu, e que tenha noção que a arma pode ferir ou matar a pessoa contra quem a usar, essa pessoa nunca a usará. Eu creio que a natureza do Homem é boa, e que pode ser influenciado (que o é) negativamente desde o momento em que nasce, e essas influências podem fazer ricochete e ser exponenciadas, resultando em actos agressivos contra outras pessoas. Isto baseado numa verdade fundamental da natureza do Homem, que é o facto de devolvermos de uma forma ou outra o que nos dão, seja bom ou mau (claro que há excepções). Se praticarem o bem para conosco, nós (consciente ou inconscientemente) retribuímos; se nos fizerem algo de mal nós retribuímos também, nem que seja através de algum afastamento da pessoa que nos influenciou negativamente. O que é indiscutível é que uma acção negativa gera, na maior parte das vezes, um pensamento ou acção negativos.
Quando falo em excepções relativamente à reacção a um estímulo negativo, refiro-me a casos muito específicos, como o do Budismo (alguns budistas, pois é muito difícil de por em prática), em que se defende que não devemos reagir a essas influências negativas de forma alguma, e que temos de comprender que a pessoa que nos influenciou negativamente não o fez por ter natureza má, mas sim devido a todas a influências que sofreu ao longo da vida.
A intenção humana é sempre (excepto caso de certas patologias específicas, que possam tornar uma pessoa violenta) boa. Há no entanto, infuencias externas que podem ser exercidas de forma a afectar negativamente o homem e a leva-lo a usar qualquer tipo de violência.
Apesar de todos sofremos influências negativas, nem toda a gente as retribui da mesma forma. Dependendo da personalidade da pessoa, da educação que teve, e do tipo de influências (negativas, mas também positivas) que sofreu, as respostas podem ir de pequenos sentimentos negativos, a actos de terrorismo, passando por discussões, agressões físicas, etc. Pessoas diferentes têm, normalmente, uma reacção diferente (mesmo que a diferença não seja significativa) ao mesmo estímulo negativo.
O egoísmo/egocentrismo, ou chamemos-lhe “espírito de sobrevivência do mais forte” é concerteza um factor determinante no aparecimento destas correntes negativas, que mais tarde originam actos agressivos. Os nossos antepassados primitivos, de intelecto reduzido, lutavam para conseguir o que queriam e não duvido que matariam se fosse preciso, mas a especie evoluiu até ao Homo Sapiens Sapiens (Homem duplamente sábio – às vezes), que é um ser pacífico quando nasce, e depois ao longo da vida vai se moldando de acordo com o que aprendeu e desaprendeu. O problema são os “desensinamentos”, que são agravados por essa sua característica (que julgo que apesar de ser negativa, não é “má”) egocentrica, e faz com que haja uma competitividade a diversos níveis, que mais tarde gera todos os tipos de negatividade.
Temos os exemplos mais básicos do dia-a-dia: uma pessoa que tente passar à frente numa fila; várias pessoas a tentarem conseguir um lugar no metro; alguem que no trânsito, mesmo sem ser com má intenção, atrapalhou a manobra de outra pessoa, etc. Estas situações normalmente (e infelizmente) geram pensamentos e sentimentos negativos entre as pessoas, mas obviamente não sendo suficientemente fortes para passar à violência física. Mas a saturação por vezes leva à irracionalidade.
Mas quando as influências negativas são mais significativas, como quando são derivadas da educação ou de influências mais fortes da sociedade, e quando se acumulam, podem alterar a personalidade das pessoas e a perspectiva delas sobre o mundo. Grandes influências negativas associadas a ideais muito diferentes entre as pessoas ou povos originam facilmente maiores actos de violência.
Resumindo e na minha opinião, a unica forma de um homem praticar o mal contra algo ou alguem é ter sido ensinado, ou atacado previamente. E esse ataque não teria de ser necessariamente mal intencionado, pois por vezes as nossas esferas pessoais interceptam-se e nem sempre de forma harmoniosa, fazendo com que uma pessoa possa interpretar como ataque algo que não o foi. Mas isso não significa de forma nenhuma que a natureza do Homem seja má.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Eureka!

Uma das coisas que mais prazer dá ao ser humano é a descoberta...
Descobrir algo novo...talvez por nos fazer voltar a experimentar, de certa forma, a infância onde este sentimento era constante.
Esta descoberta pode ser através de outros ou do desenvolvimento da própria espécie. Esta descoberta, ou novidade, pode também ser feita por por nós próprios, que é quando nos dá mais prazer, quando descobrimos algo que nunca foi descoberto por ninguem, ou chegamos por nós próprios a uma conclusão que já foi tirada por outros.
Isto é evidente na vontade com que as pessoas partilham algo que descobriram...todas as pessoas! Mesmo que tenhamos feito a descoberta ou chegado à conclusão por nós próprios, essa vontade de partilha é menor se alguem já tiver feito a mesma descoberta ou tirado a mesma conclusão, e tanto menor quanto mais pessoas já tiverem feito a mesma descoberta.
E esta relação descoberta/partilha relaciono com outro dos comportamentos que considero fundamentais da espécie humana e inerentes a quase todos os homens, que é a partilha do prazer e bem-estar. Acredito que quanto maior o prazer que sentimos, quanto mais felizes nos encontrarmos, mais nos viramos para as pessoas que gostamos, para com elas partilhar essa felicidade e bem-estar.
Basta reparar que quando nos acontece algo de muito bom, depois da euforia inicial, lembramo-nos logo das pessoas de que mais gostamos para com ela partilhar essa alegria.
E isto para mostrar porque acho que há uma relação directa entre o sentido de descoberta e o prazer associado, e a partilha dessa descoberta. Claro que essa partilha pode também enveredar, depois, por outros caminhos, como o do ganho de reputação e prestígio, quando a descoberta é de grande importância para um grande número de pessoas, alem de ser original.
Poderiamos classificar, deste modo, as descobertas, de acordo com a sua abrangência, como pessoal, intrapessoal - quando afecta o círculo de pessoas com quem lidamos (esta poderia ainda ser dividida em familiar, do trabalho, e relativa à esfera de amizades), interpessoal quando afecta o grupo de pessoas da intrapessoal e todas as outras pessoas externas, e histórica quando é uma descoberta que favorece o desenvolvimento da cultura e da sociedade, assim como a sobrevivência da espécie...
Após alguma divagação, que em parte serviu de sustento à ideia base deste post, defendo que a introspecção e o respectivo exercício do raciocício humano (de infindável potencial e merecedor da minha mais profunda admiração) é o maior dos prazeres...e quem não concorda concerteza que nunca o experimentou e todas a descobertas que pode proporcionar...algumas da esfera pessoal (que nos dão imenso prazer e providenciam uma paz de espírito e bem estar consideráveis), mas também da intra pessoal e, em alguns casos, da interpessoal. No campo da esfera que foi neste texto apelidade de histórica é mais difícil chegar a essas descobertas ao nível da intrspecção, pois já se exige muito conhecimento específico, científico ou aquirido através da experiência, de muito trabalho e/ou estudo.

100 anos? ou 90? ou 80?

Tenho 15 anos...estou entre a completa inocência dos 10 anos e a idade adulta aos 20 anos...
é só por um momento...mas passo o tempo a sonhar e a contar as maneiras de chegar onde tu estás...
Pisco os olhos e tenho 22 anos...vivo intensamente e parto nas mais loucas aventuras...
a vida sabe melhor que nunca, e por isso passa mais depressa...
Mais um suspiro e tenho 33 anos...passo de homem singular a plural...
O rebento está a caminho...e as prioridades são do lar e da família...
Um segundo depois tenho 45 anos...a maré da vida vai alta,
assim como a crise dos 40...corro atrás dos anos como se fossem os últimos...

Passou metade do tempo (quem me derá ter a sorte de viver 90), de repente sou sábio e ancião...e, mais um segundo depois já tenho 67 e o meu sol começa a aproximar-se do horizonte...mas eu continuo a caminhada...

Tenho 99 anos...o que eu não dava por mais um segundo...
Como diria Isabel I no leito, "todas as minhas possessões por um instante de tempo"...


Tenho 23 mas já o meu sol bate lá bem alto no céu...então que fazer deste meu último dia...antes que amahã o sol se ponha...?

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

O nosso Kharma para atingir o nosso Dharma

Julgo que nesta vida há duas grandes decisões que temos de tomar...

A primeira e a mais fácil, na minha opinião, é que objectivos queremos atingir, o que necessitamos para a nossa realização pessoal. Os objectivos variam de pessoa para pessoa, e consoante os princípios e valores de cada um. Para algumas pessoas uma vida realizada é olhar para trás e aperceberem-se de que tiveram uma carreira de sucesso, outras que tiveram uma vida amorosa satisfatória e encontraram o seu Yin ou Yang, os hedonistas crerão que será tirar o máximo de prazer de cada momento... No meu ver tudo isso é necessário, e deve ser conjugado, contribuindo para uma vida repleta de realização pessoal, mas o bem estar espiritual é mais importante. Mas é necessário ter uma grande abertura de espírito para nos apercebermos disso e valorizarmos a realização espiritual para a prossecução da nossa realização pessoal.
De acordo com Deepak Chopra, a última das sete leis espirituais do sucesso é a lei do Dharma, ou finalidade da vida. A nossa alma faz parte da consciência cósmica, do Tao, e manifesta-se sob a forma física, sendo o Dharma o propósito ou finalidade dessa manifestação.

A segunda grande decisão é o rumo a seguir, como encarar a vida a cada dia que passa, de forma a que, quando começarmos a contar os dias para o fim, olhemos para trás e pensemos “Sinto-me realizado e feliz”. Quando os nossos objectivos são uma carreira ou uma vida amorosa bem sucedida, é mais fácil o percurso do que quando procuramos uma vida realizada e baseada num bom kharma. No primeiro caso “basta” trabalharmos muito, ou nos dedicarmos muito na procura ou preservação da outra metade... Mas quando o que se procura é uma realização espiritual temos que definir um caminho harmonioso ao longo dos anos, no dia a dia repleto de interacção com os outros, procurando também uma harmonia conosco próprios e com a natureza. O estado de harmonia própria é conseguido através da auto-estima e da auto-confiança, assim como do pensamento positivo e introspecção. O estado de harmonia com os outros atavés dum bom Kharma, adquirindo uma postura correcta em relação aos outros. A harmonia com a natureza é atingida através da consciencialização da pureza e da divindade sempre presentes na natureza, inspiração para todos nós, pois funciona de forma natural, perfeita e sem esforço.

Mas para tomarmos conscientemente a decisão de que caminho seguir, é necessário atingir um determinado patamar de consciência.
Numa fase precoce da vida a consciência é quase se não mesmo ausente, e somos guiados pelos nossos pais até outra fase em que já temos alguma consciência, mas as “nossas” decisões são tomadas por outros (pais). Numa fase seguinte, na adolescência, em que as relações interpessoais se intensificam, somos profundamente influenciados pelos outros, pelos amigos e colegas. É já próximo do final da vida académica obrigatória que atingimos uma ramificação (onde podemos atingir o tal patamar de consciência ou não) que pode dar origem a duas fases, podendo conformar-nos e viver a vida como os outros a vivem, continuando a ser influenciados, ou podemos começar a pensar por nós próprios, questionando todas as verdades absolutas, e decidindo como viver correctamente de acordo com os nossos princípios, ideiais e objectivos.

Eu pessoalmente defendo a segunda hipótese, admitindo no entanto que é muito mais fácil seguir a primeira. Seguindo a primeira escolha, acabamos a vida académica, arranjamos emprego, casa e carro, encontramos a outra metade, casamos, assentamos, temos filhos, e passamos o resto dos nossos dias a trabalhar e sustentar a família até nos reformarmos e termos tempos para nós próprios...tempo para parar e pensar que todos aqueles anos não tivemos tempo nenhum para nós, e percebermos que tivemos aquela vida porque os outros também a tiveram assim.
Não digo que não devemos viver dessa forma, só digo que devemos questionar tudo, pensar por nós próprios, e então chegar à conclusão de que caminho seguir. Eu julgo que a parte de encontrar a cara-metade é necessária e faz parte da ordem natural das coisas, da preservação da espécie e da linhagem, e devia ser adoptada por todos (respeitando de qualquer das formas quem assim não pense), mas acho que tudo o resto depende dos nossos ideiais e através da introspecção devemos decidir que rumo tomar.

Pessoalmente acho que uma vida equilibrada envolve uma relação amorosa com companheirismo e romance, mas não necessariamente casamento, e penso que não há idade para essa relação definitiva. De resto, vou desenhando o meu trilho à medida que vou vivendo, tendo sempre por base os meus princípios de respeito pelos outros, e dum estado harmonioso comigo próprio, com os outros e com a natureza. Tudo o resto é escolhido de forma a me permitir manter esse estado harmonioso, e não de acordo com a forma como os outros vivem a sua vida. Afinal é a minha vida, não é? E só há uma...

Às vezes ponho-me a pensar...

Às vezes ponho-me a pensar...

Será que o pensamento filosófico é algo característico de todas as pessoas, ou pelo menos de uma grande parte delas? Será que o senhor indiano que vende flores nos eléctricos e nas discotecas, o frequentador assíduo da noite, o trabalhador da construção civil, o típico e atarefado homem de negócios, se confrontam com questões filosóficas? Será que enfrentam crises existenciais? Será que questionam o seu Dharma, a origem de todas as coisas, ou mesmo a “ética dharmica”?

Eu questiono-me com grande frequência sobre esses assuntos e muitos outros, mas será que é algo inerente ao pensamento humano? Ou será que é possível viver o dia a dia sem questionar nada disto e apenas vivendo com pensamentos mundanos?

Na minha opinião a filosofia é o último passo da evolução do pensamento. Todas as ciências exactas e todo o tipo de conhecimento não-filosófico exige estudo, mas a filosofia exige uma abertura de alma que nos faça ir além de tudo o que se passa no nosso quotidiano e dos outros, fazendo perguntas sem resposta...

Será que o pensamento filosófico é típico dos sonhadores? Será que os “não-sonhadores” pensam que não vale a pena colocar essas questões visto não terem resposta, ou será que a sua mente não lhes permite sequer perceber que essas questões existem?

Eu pessoalmente considero-me um sonhador, mas não penso ser por isso que admiro profundamente o pensamento filosófico. Dá-me verdadeiro prazer e sinto que vou além de tudo o que é físico e etéreo. A filosofia é o úlitmo patamar da pirâmide do conhecimento, ou do não-conhecimento, visto não ter respostas, apenas hipóteses. Mas julgo que a evolução lógica é, depois de saber tudo o que há para saber (não falo em termos individuais, mas sim em termos de espécie), questionar o que não se sabe...ou não?

Ao atingir esse nível filosófico e espiritual, aproximamo-nos um pouco mais da divindade. E atenção que eu não sou religioso, sou ateu por enquanto, mas acredito que devemos saber diferenciar religião de espiritualidade. Com a filosofia e de acordo com o Taoismo, talvez estejamos um pouco mais perto do Tao, do Uno, da consciência divina...o nome não interessa... Ou seguindo as crenças Hindus talvez estejamos mais perto do Brahma.

Na minha opinião o Dharma, ou a finalidade da manifestação física da nossa alma, é atingirmos esse estado puro, em que a nossa essência é uma com o universo, em que nos apercebemos que só existe uma alma - a Universal, que é a nossa também. Muito poucas pessoas percebem isto, e muito menos pessoas conseguem atingir esse estado...mas temos uma vida inteira para tentar...

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Five For Fighting: The Riddle

There was a man back in '95
Whose heart ran out of summers
But before he died, I asked him

Wait, what's the sense in life
Come over me, Come over me

He said,

"Son why you got to sing that tune
Catch a Dylan song or some eclipse of the moon
Let an angel swing and make you swoon
Then you will see... You will see."

Then he said,

"Here's a riddle for you
Find the Answer
There's a reason for the world
You and I..."

Picked up my kid from school today
Did you learn anything cause in the world today
You can't live in a castle far away
Now talk to me, come talk to me

He said,

"Dad I'm big but we're smaller than small
In the scheme of things, well we're nothing at all
Still every mother's child sings a lonely song
So play with me, come play with me"

And Hey Dad
Here's a riddle for you
Find the Answer
There's a reason for the world
You and I...

I said,

"Son for all I've told you
When you get right down to the
Reason for the world...
Who am I?"

There are secrets that we still have left to find
There have been mysteries from the beginning of time
There are answers we're not wise enough to see

He said... You looking for a clue I Love You free...

The batter swings and the summer flies
As I look into my angel's eyes
A song plays on while the moon is hiding over me
Something comes over me

I guess we're big and I guess we're small
If you think about it man you know we got it all
Cause we're all we got on this bouncing ball
And I love you free
I love you freely

Here's a riddle for you
Find the Answer
There's a reason for the world
You and I...

by John Ondrasik

Can u really find the riddle in this poem?

domingo, 16 de julho de 2006

A minha família unicelular...

Há dias comecei a ler um livro chamado “Maya, o recomeço da criação”, do Jostein Gaarder. Para quem não sabe é o autor do livro “O mundo de Sofia”, leitura obrigatória da disciplina de Filosofia, no ensino secundário, durante alguns anos.
Após alguns dias de leitura, não fiquei surpreendido com o impacto que a leitura teve em mim, visto não esperar nada mais do Jostein Gaarder, que o confronto com questões profundamente filosóficas, apesar de imersas num enredo que a torna muito mais facilmente assimiláveis. Este grande autor faz-nos pensar, faz-nos pensar muito...e é ao pensar que elaboramos teorias...questões...e por vezes chegamos a grandes conclusões. Foi ao ler o primeiro capítulo que me questionei acerca da diferença dos organismos unicelulares, nossos antepassados, e dos pluricelulares, entre os quais encontramos o homo sapiens sapiens.
No fundo, nos não somos mais do que um gigantesco aglomerado de células. É sabido que o todo é mais forte que a soma de todos os unos, e logo sendo nós constituidos por tantos organismos uniceculares (células), temos capacidades muito alem de qualquer organismo unicelular, como as emoções, o raciocínio, ou mesmo o pensamento filosófico.
A união de um número tão grande de células, que originam o corpo humano, exponenciam as potencialidades de cada célula isolada. E então o que leva a que essas células se unam e trabalhem de forma tão coordenada, em conjunto? A resposta é simples: O DNA.
O DNA, que está presente dentro de cada célula do nosso corpo faz com que cada célula isolada “pense” da mesma forma, e com que todas ajam em conjunto. Podemos recorrer à analogia de um utópico exército perfeito, em que todos os soldados das mais variadas patentes pensam exactamente da mesma forma, devido ao tal “DNA”, e agem em conjunto, em perfeita harmonia e sintonia. Esse exercito ultra poderoso poderia ser equiparado ao nosso corpo humano, e cada um dos seus soldados com funções diferentes às diferentes células do nosso corpo.
Resumindo, e abordando o tema duma forma um pouco simplista, a grande diferença entre um humano e um organismo unicelular será o ADN presente dentro de cada célula humana, que faz com que as células se agrupem e funcionem em sintonia, dando origem a um organismo muito complexo e de capacidades e potencial ilimitados.

Dó...Ré...Mi...

Qual é a noção do cérebro de música? Porque é que uma certa combinação de frequências de som (notas), causa bem estar, e outras não? E as emoções? Porque é que presenciar uma determinada cena nos causa emoções? O que é que faz o cérebro reagir perante determinados estímulos visuais (algo visualmente chocante) e sonoros (uma má notícia)? Porque é que estímulos sonoros nos podem causar tristeza, assim como visuais, mas não os outros sentidos? Não podemos cheirar uma má notícia ou tocar outra!
Em relação à fala e à comunicação compreende-se porque é algo que nos é ensinado, a reconhecer certas combinações de sons que trasmitem uma mensagem (comunicação verbal), representaçãoes visuais de mudança de pigmentação (cor) que nos transmitem as mesmas mensagens (escita, desenho). Essas capacidades do cérebro foram ensinadas pela sociedade...E relativamente à música ou as emoções? É algo que compreendemos todos de forma minimamente parecida (qualquer pessoas distingue um barulho de música, e qualquer pessoa tem a mínima reacção emocional em qualquer que seja a situação) e no entanto nunca nos foi ensinado!
Então porque assim?

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Verdade de imprensa...

"Tudo o que se lê nos jornais é verdadeiro, à excepção daquela história que, por acaso, soubemos em primeira mão."

Será coincidência? Eu acho que não! Eu acho que a imprensa de hoje em dia está cheia de "correcções" aos artigos por influências variadas, de influências exteriores a parcialidades, só que como nunca estamos a par do que é relatado não podemos indentificar as "gaffes"! Só quando por acaso já estavamos a par da notícia (por estarmos directamente relacionados com ela, por exemplo) é que reparamos na quantidade de falhas e adaptações que la estão...

quarta-feira, 14 de junho de 2006

O que? Não percebi...!

"Se o cérebro fosse simples o suficiente para o percebermos, seríamos tão simples que não o conseguiríamos perceber..."

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Parvoices...

"Quando alguem diz uma parvoíce, é parvo...
Quando 5 pessoas dizem a mesma parvoíce são parvas...
Quando 5000 pessoas dizem a mesma parvoíce, parvos somos nós..."

As verdades, ou dogmas da sociedade como lhes costumo chamar, são as opiniões partilhadas pela maioria dos membros da mesma sociedade...será que por isso serão mais verdadeiras? Não defendo que devemos agir como tolos, feitos anarquistas...mas defendo que tudo deve ser questionado. Devemos pensar por nós tudo o que nos é imposto desde a nascença, e então decidir se queremos ser parvos também...ou se queremos remar contra a maré e defender os nossos ideiais e pontos de vista.

terça-feira, 6 de junho de 2006

"Old" music Vs Music nowadays

There’s a huge little difference between having a good posture on stage and making the difference, set up the stage. John Ondrasik has a beautiful voice, plays a beautiful instrument, and has a nice posture, for example. But Freddy Mercury, on the other hand, is magnanimous, when he sings, the world falls on his feet, when he acts, the sun shines just to light him. He has that special something that once he snaps his fingers, the heart of all those lucky enough to presence one of his shows, Stops. Nowadays there is no passion, nowadays most artists don’t sing their hearts out on their songs, as before. Music is beautiful today as it was 50 years ago, as it has always been. Nice artits compose their nice songs. Sometimes they don’t, others do it for them, but those aren’t really considered artists, so…But music doesn’t feel the power and the passion of the music in the past. Unfortunately people are moved by other principles, people think that the main goals in life is money and fame, and that way of though distorts their ability in the art of making our hearts beat, I mean, Music. It’s easy to notice the bands in the present don’t last as much and aren’t as genuine as the ones in the Past. In my case I admire most of the music made today, and live it more intensely than I would an old song, but that’s the way I learned to be, living on this Age. I’m affected by the cultural teachings of my society. But even so, I can be impartial enough to admit that the purity of music is degrading as I speak. It’s an unfortunate fact for someone that deeply loves music, like myself. But the thing that keeps hope on the hearts of the ones that breathe music, and in which music goes through their veins, is that some artists feel what we do, some artist love music as I and many others do. Some artist live music so much that they provide us with pure music, just music, simply music…

The musicians and singers of the past were great because they were moved by passion for the music. This made them huge and famous, and icons to everybody, and music fans in particular. And so people started to follow the music career drawn by idea of being famous, and trying to mimic those great men singers genies gods of the past. So to conclude, the problem is the Cause…

A ilusão dos sentidos

A percepção comum das coisas está limitada à nossa visão..aquele que consegue ver com a alma é um com o UNO,
by
The High Filosopher

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Take the red pill...

este blog foi criado porque não tinha mais nada para fazer...tou a brincaR...
criei este blog...onde serão feitos posts relativos aos mais variados assuntos, desde actualidade A história, desde profundos pensamentos filosóficos a meros devaneios momentâneoS...
é um espaço para pensar e criticaR...
aqui não se aceitam os dogmas da sociedadE...
aqui aprende-se a criticar e questionar tudO...
para fazer parte deste blog basta mostrar pensar por si próprio e ter espírito críticO...
para começar...basta tomar o comprimido vermelho...e benvindos a bordO...