quinta-feira, 30 de novembro de 2006

A fórmula da felicidade

A felicidade é tão fácil de atingir. A forma é a seguinte: temos de descobrir a coisa que mais nos apaixona na vida, a coisa que mais prazer nos da... depois dedicamo-nos a corpo e alma a essa coisa. Quando descobrimos essa paixão, descobrimos o nosso "dharma" (seja uma arte, seja ajudar os outros, etc), e com um objectivo que é o maior possível, a realização que tiramos ao aproximarmo-nos desse objectivo é a maior possível, e logo a felicidade a maior, e constante.
Mas para isto temos que nos conhecer a nós próprios muito bem, temos que, através da introspecção, descobrir o que realmente gostamos de fazer. E depois disso temos de ter a coragem (às vezes muita) para abandonar os convencionalismos e escapar às raízes, para nos dedicarmos ao que verdadeiramente nos apaixona. Quando isso acontece, mesmo que não tenhamos uma grande conta bancária, um grande carro ou casa, ou todas as outras comodidades... sentimo-nos bem e felizes porque não trabalhamos, divertimo-nos, e acordamos todos os dias cheios de motivação e entusiasmo porque vamos fazer o que gostamos. Não podemos ser mais felizes!
As pessoas desculpam-se e dizem que não conseguem, mas das duas uma... ou ainda não perderam o tempo a descobrir o que realmente gostavam de fazer, ou já descobriram e não têm coragem de seguir essa paixão. A maior parte das pessoas mais bem sucedidas no mundo, muitas delas famosíssimas, são assim porque fazem o que as apaixona. E claro que quando é assim, didicam-se profundamente ao que fazem e tornam-se optimos nisso, atingindo facilmente o sucesso.
Pensem em jogadores de futebol e outros desportistas, artistas, prémios Nobel, actores, etc. Grande parte deles sente-se realizada, mesmo aqueles que não se tornam mundialmente famosos. Porque isso para eles não é o mais importante, mas sim fazer o que verdadeiramente gostam.
Por isso...acreditem no vosso potencial ilimitado! Descubram a vossa paixão e sigam-na! O sucesso vem ter convosco e não ao contrário! Só temos uma vida e tão curta, para depois desaparecermos para a eternidade...acho que é um objectivo que justifica o empregar de todas as nossas forças - ser Feliz!

A felicidade e a realização pessoal

A felicidade advém da realização pessoal. Esta realização pessoal é, geralmente, o ganho de qualquer coisa. Esse ganho pode ser ao nível físico (anatómico - saúde e forma física; material; etc) ou psicológico (mental, emocional, espiritual, etc).
Esse ganho que é a realização, implica de uma ou outra forma a aproximação de um objectivo e assim, quanto mais significativo for o objectivo para nós (como descobrir o dharma por exemplo, ou chamem-lhe missão na vida, paixão, vivência perfeitamente harmoniosa, etc), maior a felicidade sentida graças à realização. E porque é que eu dei aqueles exemplos e não exemplos mais terrenos e materiais? Pelo seguinte:
Assim como as feridas psicológicas são, regral geral, mais difíceis de sarar do que as físicas - e toda a gente sabe disso, tudo o que é psicológico tende a ser mais duradouro que o físico.
A realização pessoal psicológica é a aproximação de um objectivo "psicológico", o que implica um sentimento de felicidade, e à partida mais duradouro que os ganhos físicos. Desta forma a realização pessoal ao nível psicológico é o tipo de realização que nos dá mais prazer, devido em grande parte a ser um prazer mais duradouro. Mas para atingir este tipo de realização, é necessário consciencializarmo-nos de que temos de reorganizar as nossas prioridades, e definir objectivos "imateriais". Na minha opinião, os bens materiais são também importantes, e tornam a nossa estadia nesta vida mais agradável, mas sozinhos não valem nada, e deixam-nos vazios por dentro. Há que aliá-los a uma auto-análise, auto-conhecimento, e crescimento interior.
Esta filosofia é tudo mesmos esotérica. Podem chamar-lhe espiritual, mas o conceito é subjectivo. para mim espiritualidade é uma forma especial de psicologia, pois é transmitida de uma forma menos científica, de uma forma mais "enbelezada". E na minha opinião é facílimo de perceber o porque de a realização pessoal "imaterial" ser muito mais importante na vida do que o ganho de quaisquer bens materiais: porque por mais riqueza que tenhamos, nada nos faz sentir melhor connosco próprios, do que sentir que nos conhecemos, e sentir que crescemos como pessoas, que nos melhoramos a cada dia que passa. Faz-nos sentir mais fortes e confiantes, e acima de tudo, Felizes.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

O pote de ouro no fim do arco-íris

Uma das minhas citações favoritas diz que "A felicidade é um caminho, não uma meta", e tento basear a minha vida e todos os meus actos nessa citação. A maior parte das pessoas "vive", como eu costumo dizer, em busca do pote de ouro no fim do arco-íris. Passam todo o seu tempo adiando a vida, à espera de momentos futuros. Passam o presente a pensar no que vão fazer, onde querem chegar, em tudo o que querem atingir na vida.
Passamos a vida a adiar o presente para preparar um futuro. Futuro que quando se torna presente volta a ser adiado. E o ciclo repete-se, até à altura em que nos apercebemos que a nossa vida passou, e passou tão depressa, que nem tivemos tempo de apreciar todas as coisas belas que ela nos dá. Quando chegamos ao fim do arco-íris e descobrimos que o pote de ouro não tem mais que uns míseros grãos de areia, pensamos que daríamos tudo para voltar atrás e viver de outra forma.
O segredo é consciencializarmo-nos JA de que a hora de viver é agora, de que não podemos perder tempo a vaguear no deserto do passado, nem em busca do oasis do futuro. Temos que viver cada segundo que passa, vivendo assim plenamente, e essa é a origem da verdadeira felicidade.
As pessoas passam o tempo a adiar a vida, dizendo que viverão plenamente no futuro: "quando acabar a faculdade...", "quando arranjar um trabalho", "quando acabar de pagar o empréstimo", "quando me reformar"... Mas o tempo que passam a adiar podia ser melhor aproveitado gozando a vida com entusiasmo e felicidade.
Não acho razoável passar dois terços da vida a matar-se a trabalhar a guardar dinheiro para ter uma boa reforma, a trabalhar para pagar uma boa casa e um bom carro... trabalhar, trabalhar, trabalhar... E enquanto não fazemos mais nada a vida passa-nos ao lado.
Na minha opinião temos de descobrir o que verdadeiramente nos apaixona, o que nos dá verdadeiro gozo fazer. Segundo a tradição Hindu, temos de descobrir o nosso Dharma. Depois disso, dedicamo-nos a essa paixão, e viveremos com entusiasmo e felicidade. Acordamos todos os dias com uma reserva inesgotável de energia e entusiasmo, e isso é que é viver plenamente.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

A natureza do homem é boa?

Na minha opinião, se colocarmos uma arma nas mãos de qualquer pessoa, de qualquer idade ou etnia, que nunca tenha tido nenhuma influência negativa desde o momento em que nasceu, e que tenha noção que a arma pode ferir ou matar a pessoa contra quem a usar, essa pessoa nunca a usará. Eu creio que a natureza do Homem é boa, e que pode ser influenciado (que o é) negativamente desde o momento em que nasce, e essas influências podem fazer ricochete e ser exponenciadas, resultando em actos agressivos contra outras pessoas. Isto baseado numa verdade fundamental da natureza do Homem, que é o facto de devolvermos de uma forma ou outra o que nos dão, seja bom ou mau (claro que há excepções). Se praticarem o bem para conosco, nós (consciente ou inconscientemente) retribuímos; se nos fizerem algo de mal nós retribuímos também, nem que seja através de algum afastamento da pessoa que nos influenciou negativamente. O que é indiscutível é que uma acção negativa gera, na maior parte das vezes, um pensamento ou acção negativos.
Quando falo em excepções relativamente à reacção a um estímulo negativo, refiro-me a casos muito específicos, como o do Budismo (alguns budistas, pois é muito difícil de por em prática), em que se defende que não devemos reagir a essas influências negativas de forma alguma, e que temos de comprender que a pessoa que nos influenciou negativamente não o fez por ter natureza má, mas sim devido a todas a influências que sofreu ao longo da vida.
A intenção humana é sempre (excepto caso de certas patologias específicas, que possam tornar uma pessoa violenta) boa. Há no entanto, infuencias externas que podem ser exercidas de forma a afectar negativamente o homem e a leva-lo a usar qualquer tipo de violência.
Apesar de todos sofremos influências negativas, nem toda a gente as retribui da mesma forma. Dependendo da personalidade da pessoa, da educação que teve, e do tipo de influências (negativas, mas também positivas) que sofreu, as respostas podem ir de pequenos sentimentos negativos, a actos de terrorismo, passando por discussões, agressões físicas, etc. Pessoas diferentes têm, normalmente, uma reacção diferente (mesmo que a diferença não seja significativa) ao mesmo estímulo negativo.
O egoísmo/egocentrismo, ou chamemos-lhe “espírito de sobrevivência do mais forte” é concerteza um factor determinante no aparecimento destas correntes negativas, que mais tarde originam actos agressivos. Os nossos antepassados primitivos, de intelecto reduzido, lutavam para conseguir o que queriam e não duvido que matariam se fosse preciso, mas a especie evoluiu até ao Homo Sapiens Sapiens (Homem duplamente sábio – às vezes), que é um ser pacífico quando nasce, e depois ao longo da vida vai se moldando de acordo com o que aprendeu e desaprendeu. O problema são os “desensinamentos”, que são agravados por essa sua característica (que julgo que apesar de ser negativa, não é “má”) egocentrica, e faz com que haja uma competitividade a diversos níveis, que mais tarde gera todos os tipos de negatividade.
Temos os exemplos mais básicos do dia-a-dia: uma pessoa que tente passar à frente numa fila; várias pessoas a tentarem conseguir um lugar no metro; alguem que no trânsito, mesmo sem ser com má intenção, atrapalhou a manobra de outra pessoa, etc. Estas situações normalmente (e infelizmente) geram pensamentos e sentimentos negativos entre as pessoas, mas obviamente não sendo suficientemente fortes para passar à violência física. Mas a saturação por vezes leva à irracionalidade.
Mas quando as influências negativas são mais significativas, como quando são derivadas da educação ou de influências mais fortes da sociedade, e quando se acumulam, podem alterar a personalidade das pessoas e a perspectiva delas sobre o mundo. Grandes influências negativas associadas a ideais muito diferentes entre as pessoas ou povos originam facilmente maiores actos de violência.
Resumindo e na minha opinião, a unica forma de um homem praticar o mal contra algo ou alguem é ter sido ensinado, ou atacado previamente. E esse ataque não teria de ser necessariamente mal intencionado, pois por vezes as nossas esferas pessoais interceptam-se e nem sempre de forma harmoniosa, fazendo com que uma pessoa possa interpretar como ataque algo que não o foi. Mas isso não significa de forma nenhuma que a natureza do Homem seja má.