quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Crise de identidade global

A meditação é observação. É observação do nosso corpo, mas acima de tudo é observação da nossa mente, que leva à sua paragem. Quando, através da observação, ficamos a conhecer a totalidade do nosso funcionamento mental, cada parte do nosso ego, a mente para, porque já conheceu tudo e viu tudo o que havia para ver em si própria, e não se encontrou em lado nenhum. Há uma paragem quando concluimos que a nossa consciência obervadora é algo independente, que transcende a mente. Apercebemo-nos de que a identidade que julgavamos ter não é quem verdadeiramente somos... que a nossa verdadeira identidade apenas observa o que se passa em nós, numa espécie de sonho cujo despertar se chama vida. Com o auto-conhecimento atingido surge o sentimento de algo superior à mente, que observa. Quando se conhece algo na sua totalidade, é possível ter influência sobre esse algo. A mente, ao ser compreendida totalmente, fica à nossa disposição... do nosso verdadeiro Eu - da consciência. Quebra-se a identificação com a mente, desperta-se um estado superior de consciência, e a mente desce à posição de ferramenta à disposição da nossa identidade consciente.

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