domingo, 6 de janeiro de 2008

Corações de pedra

O que é o amor afinal?
Será que sabemos amar?
Ou será que somos o único grão de areia na duna da vida que vive desprovido de amor?
Usamos e abusamos da palavra amor
Vulgarizamos o amor, quando é algo que não pode ser transmitido por palavras
algo que não pode ser compreendido pela linguagem
Chamamos de amorosas relações que transbordam conflito e ciume
Temos uma visão distorcida do amor, ou da possessão a que chamamos amor
No dicionário da vida, o sinónimo de amor é liberdade
e amar é brindar com liberdade o objecto do nosso amor
O amor é uma luz que é emitida sem espectativa de retorno
é um brilho de admiração e cumplicidade que é tudo menos uma prisão
Amar alguem é como contemplar uma flor que dança ao sabor do vento
é observar e sentir uma comunhão, sem destruir a beleza do que amamos
é uma partilha de existência num momento intensamente presente
O calor do amor emana sem direcção definida,
contagiando tudo o que nos rodeia com esse desabrochar do nosso ser
O amor surge quando silenciamos o pensamento
e abrimos o coração, transbordando uma energia
que nos une silenciosamente ao próximo
É o estado de espírito supremo, a realização máxima de um ser
É o regresso à paz connosco próprios e com os outros

Não me parece que saibamos realmente o que é amar...

2 comentários:

Anónimo disse...

lindo demais pra deixar passar!
não me parece que muita gente saiba o que é amar...
mas quando se quer partilhar o melhor de nós, quando se admira, quando se cuida, quando se é cumplice, quando se deixa que voe em liberdade,quando se quer sentir o toque, o perfume sem exigir nada mais que isso, falamos de amor?

Sleeping Buddha disse...

a mim parece-me amor, sim :)