quinta-feira, 1 de março de 2007

Diz-me quem és, e serás feliz

O auto-conhecimento é o caminho para o nosso destino, é o caminho para sermos nós próprios, nos tornarmos únicos. E que quero eu dizer com destino? A minha interpretação de destino é apenas atingirmos aquilo que temos de atingir, a felicidade... e a felicidade atinge-se fazendo o que gostamos de fazer, tendo as coisas a que damos mais valor, sendo nós próprios. O problema é que a maior parte das pessoas nem sabe responder a essas simples questões. Quando respondemos a essas questões, quer dizer que nos tornamos únicos, cientes da nossa singularidade.
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Quem sou eu? Que quero fazer eu nesta vida? Qual é o meu maior objectivo? De que é que eu mais gosto? Não é assim tão vulgar conhecer pessoas que saibam responder a estas perguntas sobre si... É tão frustrante olhar ao espelho e não sabermos descrever a pessoa que vemos...
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E porque é que o auto-conhecimento é tão importante para atingirmos o nosso destino?
Quanto melhor sabemos o que queremos, mais força temos para o atingir... acho que isto é garantido... quanto melhor sabemos o que queremos, mais convictos nos tornamos, e mais força temos para seguir essas convicções. Por outro lado, quanto melhor nos conhecemos e sabemos como funcionamos, mais facilmente usamos todos os recursos que temos à nossa disposição (assim como usamos melhor uma ferramenta melhor quanto mais percebemos como ela funciona).
E o auto-conhecimento é tão importante para a nossa felicidade, porque nos permite perceber a forma como funcionamos, descobrir do que mais gostamos, e o que realmente queremos fazer ao longo da nossa vida. Depois de termos todas essas certezas, e de sabermos como agir de forma a sermos o queremos ser, seremos muito mais eficazes na obtenção da vida que queremos. É muito vulgar encontrar pessoas que se queixam por não terem a vida que desejam, quando nem sabem realmente o que desejam da vida.
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Quando nos conhecemos, deixamos de interpretar o papel da nossa personagem social, para nos moldarmos cada vez mais... e cada vez mais nos dirigirmos em direcção ao que nascemos para ser... Simplesmente nós próprios. Há alguma coisa pela qual valha a pena lutar mais? Dinheiro? Posses? Prazer? Tudo é superficial, quando comparado ao que se passa bem dentro de nós. E mesmo para aqueles para quem esses valores externos e efémeros são mais importantes, o autoconhecimento é uma mais valia, pois é a melhor forma de os obter e desfrutar deles. Quanto melhor nos conhecermos, melhor nos deslocaremos na estrada da vida, e saberemos para onde essa estrada nos levará.
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Muitas pessoas (demais) julgam que o autoconhecimento é algo secundário... primeiro devemos nos dedicar ao estudo, depois a uma carreira, depois à construção de uma família... e depois, pode ser que sobre um tempinho, quem sabe na reforma, entre dois jogos de dominó, para a reflexão pessoal, e para nos conhecermos. O que não percebem é que nos devemos conhecer primeiro, para poder eliminar da nossa vida tudo o que é irrelevante. Para descobrirmos quais as coisas que mais queremos da vida, pelas quais daríamos tudo... Aí sim, teremos certezas das coisas que fazemos, pois estão de acordo com a nossa consciência, e agiremos com uma total auto-confiança, pois auto-confiança e dúvida não podem coexistir.
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Conhecendo-nos a nós próprios, marcharemos triunfalmente e de forma confiante, rumo a objectivos por nós traçados, e a nossa vida será um único e contínuo prazer.
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So, how well do you think you know yourself?

2 comentários:

Não ha pachorra disse...

Quem sou eu?
Ainda estou a tentar descobrir!

Sleeping Buddha disse...

É uma viagem muito agradável... :)