quarta-feira, 7 de março de 2007

My Way...

Para mim a felicidade depende de poucas coisas... é essa a vantagem de nos conhecermos, eliminamos o que não é indispensável, cingindo-nos a poucas coisas mas de grande valor para nós. Por isso acho que o auto-conhecimento simplifica a vida.
Os meus maiores objectivos são poucos, mas suficientes para ocupar uma vida inteira. Não peço uma boa casa, um carro potente, nem o último modelo de plasmas da Sony. Aliás, nem televisão quero!
Para mim os grandes desafios da vida são o auto-conhecimento, a auto-melhoria, a aprendizagem, e uma contribuição para o desenvolvimento humano.
O auto-conhecimento é a mais bela das viagens... uma misteriosa e profunda viagem, que nos leva a conhecer os mais recônditos recantos do nosso espírito. É uma viagem sem fim cujos prazeres são indescritíveis e, acima de tudo, únicos!
A auto-melhoria, ou como diriam os mestres Zen japoneses, o "Kaizen", consiste na auto-avaliação e auto-crescimento contínuo e permanente. Consiste numa atenção constante dos nossos pensamentos e acções. Aperfeiçoando o que se desenrola dentro das nossa mentes, aperfeiçoamos as nossas vidas. Se estivermos atentos poderemos reforçar e desenvolver os nossos pontos fortes, e eliminar os pontos fracos, assim como atingir uma interacção harmoniosa com os outros seres humanos.
A associação do auto-conhecimento e da auto-melhoria é indispensável, e permite eliminarmos, um a um, todos os nossos medos e todos os pensamentos que de alguma forma reprimem as nossas acções. Permite também identificar os nossos pontos fortes, os nossos talentos, e desenvolvê-los ao máximo.
A aprendizagem, por sua vez, impede-nos de estagnar, faz-nos crescer cada vez mais, num sentido diferente da auto-melhoria... O sentido da aquisição de sabedoria. O prazer de aprender é dos maiores na vida, faz-nos sentir mais completos, mais capazes, e acima de tudo faz-nos querer aprender mais.
Julgo que a finalidade de todo este crescimento é por as nossas capacidades ao serviço da espécie, ao serviço do planeta, de uma comunidade cada vez mais global. No final da nossa vida nada terá mais importância para nos do que o bem que fizemos aos outros. Somos um só povo, uma unidade diversificada, uma unidade plural, e temos de nos consciencializar do nosso papel como "cidadãos do mundo".

No fundo, e na minha opinião, o sentido da vida é tornarmo-nos aptos a dar uma contribuição válida ao mundo, e não sermos "apenas mais um" que vagueia pela superfície terrestre. E tornamo-nos aptos através do auto-conhecimento, da auto-melhoria e da aprendizagem. A missão fundamental de uma vida tem carácter genético e Humano. Genético porque devemos obedecer aos nossos genes, e dar essa nossa contribuição para participar na sobrevivência da espécie. Humano porque essa contibuição deve visar também e acima de tudo um desenvolvimento Humano. Não um desenvolvimento apenas tecnológico e económico, mas um desenvolvimento do ser humano na sua totalidade. Um desenvolvimento individual que o arme com as competências para enfrentar a vida de forma autónoma, e um desenvolvimento social, com uma inerente participação activa e democrática na comunidade mundial.

2 comentários:

Não ha pachorra disse...

Olhei para o titulo pensei logo no frank sinatra, não sei porque!
Mas a questão é que mais uma vez refletiste que o importante não é dinheiro, é fazer o que e importante para nos, no meu caso um dinheirinho a mais dava jeito, mas tambem não estou obsecado por dinheiro porque e apenas um assecorio!

Sleeping Buddha disse...

Pois, eu também me lembrei do Frank quando escrevi o título do blog.. ;)

Um dinheiro a mais é sempre benvindo...só não deve ser uma prioridade..na minha opinião claro!

Mas o dinheiro está muito longe do cerne da questão deste post!
O título podia ser "evolução humana"...
evolução do nosso interior (auto-conhecimento) até ao global :)